terça-feira, 29 de maio de 2007

Conhecer V.N. de Famalicão...

Vila Nova de Famalicão foi o tema escolhido para desenvolvermos o trabalho de Área de Projecto ao longo do ano lectivo 2006/2007 na Escola Secundária Camilo Castelo Branco. Esta opção justifica-se pelo facto de ser um tema de interesse dos três elementos do grupo, já que se trata da nossa Cidade Natal. Assim o nosso objectivo é mostrar à comunidade escolar que devemos olhar melhor para aquilo que está mais perto de nós e mesmo nos nossos pés para melhorar o que nos pertence. E para isso decidimos fazer um Blog como producto final para o nosso projecto onde nos propomos a divulgar o que esta cidade tem de melhor para nos oferecer de uma forma sintetizada e actual.



Vila Nova de Famalicão Internacional:


Vila Nova de Famalicão, one of the youngest cities (1985) of Portugal, borned to the history in 1205, with the privilege of D. Sancho I, celebrate 800 years in 2005.
Some historians refer that the actual population denominate Vila Nova de Famalicão it was in other time, administrative and judicial seat of the land Vermoim. For all that, Vila Nova de Famalicão is a modern municipality, formed in 1835 with register letter from the Queen D. Maria II.
Vila Nova de Famalicão stays in the way of the old roman road that jointed Porto to Braga. There monuments, such as the Landim and Arnoso monastery, excellent pieces of the medieval architecture, belong to a long history that dignifices Famalicão.


Galeria de Imagens:


*Aqueduto em Castelões

*Praça 9 de Abril

*Hospital S. João de Deus

*Praia Fluvial de Arnoso

*Central Electrica - A Boa Reguladora

*Rua 5 de Outubro (1912)

*Actual Rua Direita

*Rua Direita em 1953

*Praça Conde S. Cosme do Vale (1912)


*"Adeus, ó Largo do Adeus,
ó Largo da Lapa que já foste um Olival,
deitou-se tudo abaixo, pra fazer um Hospital"

*Paços do Concelho Antigo

*Paços do Concelho Actual

Localização



O passado e o presente de Vila Nova de Famalicão estão determinados pela sua excelente situação geográfica. Encruzilhada de vias de comunicação, bem no coração do Vale do Ave, o município de Vila Nova de Famalicão é, desde sempre, um centro de dinamismo económico de grande envergadura e um nó privilegiado de vias de comunicação.

A 20 minutos do aeroporto internacional Francisco Sá Carneiro e do Porto de Mar de Leixões, cruzado por auto-estradas, estradas nacionais e caminhos-de-ferro que unem os principais centros urbanos do Norte do País e da Europa.


Localization:


It stays in the North Center of Portugal, between Porto and Galiza (Spain), this municipality of Vila Nova de Famalicão it is served by two free-ways - A3 (Porto-Vigo) and A7 (Guimarães-Póvoa de Varzim) - and also have trains in the van of progress with direct connection to Braga, Guimarães, Porto, Vigo, Coimbra, Lisboa and Allgarve.


Geografia

  • Fronteiras → O município é limitado a norte pelo município de Braga, a leste por Guimarães, a sul por Santo Tirso e Trofa, a oeste por Vila do Conde e Povoa de Varzim e a noroeste por Barcelos.
  • Freguesias → 49 freguesias

Abade de Vermoim com 0,33 km² de área e 351 habitantes. Densidade: 1 063,6 hab/km².

Antas com 4,35 km² de área e 5 376 habitantes. Densidade: 1 235,9 hab/km².

Ávidos com 2,30 km² de área e 1 410 habitantes. Densidade: 613,0 hab/km².

Bairro com 3,70 km² de área e 3 803 habitantes. Densidade: 1 027,8 hab/km².

Bente com 1,30 km² de área e 959 habitantes. Densidade: 737,7 hab/km².

Brufe com 2,51 km² de área e 2 288 habitantes. Densidade: 911,6 hab/km².

Cabeçudos com 3,20 km² de área e 1 472 habitantes. Densidade: 460,0 hab/km².

Calendário com 7,01 km² de área e 10 697 habitantes. Densidade: 1 526,0 hab/km².

Carreira com 2,15 km² de área e 1 907 habitantes. Densidade: 887,0 hab/km².

Castelões com 3,60 km² de área e 1 746 habitantes. Densidade: 485,0 hab/km².

Cavalões com 4,33 km² de área e 1 465 habitantes. Densidade: 338,3 hab/km².

Cruz com 3,82 km² de área e 1 636 habitantes. Densidade: 428,3 hab/km².

Delães com 2,30 km² de área e 3 761 habitantes. Densidade: 1 635,2 hab/km².

Esmeriz com 3,75 km² de área e 1 905 habitantes. Densidade: 508,0 hab/km².

Fradelos com 16,97 km² de área e 3 337 habitantes. Densidade: 196,6 hab/km².

Gavião com 4,41 km² de área e 3 729 habitantes. Densidade: 845,6 hab/km².

Gondifelos com 8,53 km² de área e 2 183 habitantes. Densidade: 255,9 hab/km².

Jesufrei com 2,85 km² de área e 666 habitantes. Densidade: 233,7 hab/km².

Joane com 7,25 km² de área e 7 528 habitantes. Densidade: 1 038,3 hab/km².

Lagoa com 2,95 km² de área e 890 habitantes. Densidade: 301,7 hab/km².

Landim com 4,55 km² de área e 2 852 habitantes. Densidade: 626,8 hab/km².

Lemenhe com 2,67 km² de área e 1 427 habitantes. Densidade: 534,5 hab/km².

Louro com 5,18 km² de área e 2 464 habitantes. Densidade: 475,7 hab/km².

Lousado com 5,61 km² de área e 3 725 habitantes. Densidade: 664,0 hab/km².

Mogege com 2,98 km² de área e 1 938 habitantes. Densidade: 650,3 hab/km².

Mouquim com 4,13 km² de área e 1 403 habitantes. Densidade: 339,7 hab/km².

Nine com 3,96 km² de área e 2 735 habitantes. Densidade: 690,7 hab/km².

Novais com 1,13 km² de área e 898 habitantes. Densidade: 794,7 hab/km².

Outiz com 2,87 km² de área e 943 habitantes. Densidade: 328,6 hab/km².

Pedome com 2,66 km² de área e 2 234 habitantes. Densidade: 839,8 hab/km².

Portela com 2,51 km² de área e 635 habitantes. Densidade: 253,0 hab/km².

Pousada de Saramagos com 1,54 km² de área e 2 016 habitantes. Densidade: 1 309,1 hab/km².

Requião com 8,20 km² de área e 3 034 habitantes. Densidade: 370,0 hab/km².

Riba de Ave com 2,83 km² de área e 3 396 habitantes. Densidade: 1 200,0 hab/km².

Ribeirão com 10,91 km² de área e 8 298 habitantes. Densidade: 760,6 hab/km².

Ruivães com 2,72 km² de área e 2 117 habitantes. Densidade: 778,3 hab/km².

Santa Eulália de Arnoso com 2,68 km² de área e 1 122 habitantes. Densidade: 418,7 hab/km².

Santa Maria de Arnoso com 3,38 km² de área e 1 824 habitantes. Densidade: 539,6 hab/km².

Santa Maria de Oliveira com 4,64 km² de área e 3 091 habitantes. Densidade: 666,2 hab/km².

São Cosme do Vale com 6,31 km² de área e 3 054 habitantes. Densidade: 484,0 hab/km².

São Martinho do Vale com 4,05 km² de área e 1 943 habitantes. Densidade: 479,8 hab/km².

São Mateus de Oliveira com 2,85 km² de área e 3 075 habitantes. Densidade: 1 078,9 hab/km².

São Miguel de Seide com 0,71 km² de área e 1 125 habitantes. Densidade: 1 584,5 hab/km².

São Paio de Seide com 1,34 km² de área e 381 habitantes. Densidade: 284,3 hab/km².

Sezures com 2,26 km² de área e 619 habitantes. Densidade: 273,9 hab/km².

Telhado com 4,89 km² de área e 1 799 habitantes. Densidade: 367,9 hab/km².

Vermoim com 4,86 km² de área e 2 893 habitantes. Densidade: 595,3 hab/km².

Vila Nova de Famalicão com 2,32 km² de área e 8 098 habitantes. Densidade: 3 490,5 hab/km².

Vilarinho das Cambas com 9,50 km² de área e 1 319 habitantes. Densidade: 138,8 hab/km².


  • Região → Norte
  • Sub-região → Ave
  • Distrito → Braga
  • População total → 127 567 habitantes
  • Superfície total (km2) 201,85 km²
  • Densidade populacional → 632 hab/km²
  • Hidrografia → Rio Ave
  • Clima → Temperado Mediterrânico
  • Feriado Municipal → 13 de Junho
  • Código Postal 4760
  • GentílicoFamalicense
  • Unidade monetária → Euro
  • Presidente actual → Armindo Costa
  • Duração dos mandatos → 4 anos
  • Ensino → Infra-estruturas como o CITEVE, a Universidade Lusíada, Escolas Profissionais, Conservatório de Música, Casa das Artes, Biblioteca Camilo Castelo Branco, Escolas Publicas e Privadas para todas as faixas etárias.
  • Bandeira para hastear em edifícios (2x3)
  • Estandarte para cerimónias e cortejos (1x1)

  • Brasão:

Armas de prata com uma faixa de negro com três romãs de ouro abertas de vermelho. Em chefe, dois cachos de uvas de verde realçados de prata, folhados e troncados a verde. Em contrachefe, um cacho de uvas dos mesmos esmaltes. Coroa mural de cinco torres. Listel branco com os dizeres: "Vila Nova de Famalicão", a negro.

  • Industria → È inequívoco o carácter industrial dominante, onde o sector têxtil assume a primazia no perfil do concelho. Assumem ainda particular destaque a indústria da madeira e mobiliário, a indústria das peles, a indústria da alimentação, a indústria de produtos metálicos e a indústria da borracha.

História


Vila Nova de Famalicão, uma das mais jovens cidades (1985) de Portugal e do Minho, sede de concelho e território, nasce para a história em 1205, com o foral de D. Sancho I. Sendo terra e povoação antiga, Vila Nova de Famalicão, é um concelho moderno, criado em 1835, por carta foral da rainha D. Maria II, por onde importantes figuras da literatura portuguesa (Camilo Castelo Branco...) e da política (José Ferreira Salgado, Bernardino Machado) passaram e fizeram história.

Alguns auto­res referem que a povoação hoje denominada Vila Nova de Famalicão já era, nos alvores da nacionalidade portuguesa, sede administrativa e judicial da TERRA DE VERMOIM, de quem, aliás, foi até ser concelho, cabeça de julgado, herdando-lhe o território.

Uma certa tradição pretende, sem fundamento, encontrar a origem (desconhecida) do nome da terra famalicense num pseudo personagem histórica chamado"Famelião", que ao fixar-se aqui, no tempo dos Condes de Barcelos, terá aberto uma taberna conhecida por: "Venda Nova de Famelião...". Ter-se-á que esperar pelo censo de 1527 para aparecer pela primeira vez a referência a "Vila Nova de Famyliquam", embora em 1307 já se fale, nas chancelarias de D. Dinis, em" Fhamelicam".

Sendo terra e povoação antiga, Vila Nova de Famalicão, é um concelho moderno, criado em 1835, por carta foral da rainha D. Maria II, a qual também lhe restituiu em 1841, o título de "Vila". Fruto da revolução liberal, é-o também da luta persistente, e da vontade afirmativa de autonomia das suas gentes, que, durante longas décadas, exigiram a sua desanexação de Barcelos, imposta em 1410, pondo fim a séculos de declínio e apagamento politico.

A partir de meados do século XIX, depois da refundação do concelho, e com a abertura da estrada Porto-Braga em 1851, e do caminho-de-ferro (1875), Famalicão entra numa fase de grande desenvolvimento. Constroem-se edifícios públicos, como o Hospital da Misericórdia (1878), e os Paços do Concelho (1881), e erguem-se na nova estrada, então Rua Formosa, "edi­fícios particulares luxuosos" com capitais vindos do Brasil, de que é exemplo paradigmático o Palacete Barão da Trovisqueira. E nessa época que começam a instalar-se, na então vila e no concelho, fábricas e oficinas "que vão mudar a fisionomia da terra e torná-la, pouco a pouco, centro de uma grande zona comercial e industrial. São os casos da Boa Reguladora (1892), da Tipografia Minerva (1886), e das fábricas têxteis em Riba d'Ave, a primeira das quais em 1890 do Barão da Trovisqueira, e a Sampaio, Ferreira fundada em 1896 por Narciso Ferreira.

"No fim do século XIX e princípios do actual Famalicão teve, porventura, o período áureo de sua vida intelectual e artística".

Apesar da morte de Camilo Castelo Branco em 1890 depois de ter escrito em Ceide, boa parte da sua obra, floresce na viragem do século, em Famalicão um punhado de escritores, poe­tas e jornalistas que fundam jornais ("Gazeta do Minho" - 1882, "Gazeta de Famalicão" e o "Minho" - 1884, o "Porvir", "O Leme" e "Estrela do Minho" - 1895), revistas ("Alvorada" ­1885, e "Nova Alvorada" - 1891), e editam livras que ainda hoje são marcos na história literá­ria e cultural. Júlio Brandão publica o seu primeiro livro de poemas "O Livro de Aglais" (1892), enquanto Bernardino Machado, ensina em Coimbra, e ai produz e edita grande parte do seu pen­samento pedagógico ("O Ensino") em 1898 e político ("Pela Liberdade") em 1901. Alberto Sampaio vai dando à estampa, em revistas, (Revista de Guimarães, e Revista de Portugal), as investigações históricas, realizadas no silêncio da sua Casa de Boamense, que serão, após a morte, (1908), reunidas nas "Vilas do Norte de Portugal, e "Póvoas Marítimas".

É também, por essa altura, que os poetas Manuel Dias Gonçalves Cerejeira e Sebastião de Carvalho editam, respectivamente, "Cinzas” (1896) e "Rosas da Minha Terra” (1915). Por seu lado, o Conde de Arnoso da Casa de Pindela, do grupo dos "Vencidos da Vida”, publica" Azulejos” (1886)".

Liderando um dos pólos de desenvolvimento do Vale do Ave, a cuja Associação de Municípios pertence, o município de Famalicão, está solidário, e trabalha, pela modernização e reestruturação da indústria têxtil (dominante), e pela diversifi­cação industrial, quando se assiste à implantação crescente da indústria de alimentação.

Outra batalha importante do presente é a preservação da identidade, e a defesa do património natural e histórico-cultural. As belezas paisagísticas e os miradouros (Monte do Facho, Stª Catarina, Senhor dos Aflitos, entre outros), assim como, o património arquitectónico construído ao longo de séculos (castros, casas solarengas como a do Vinhal, e de Pindela), as pontes români­cas (Lagoncinha, S. Veríssimo, Coura e Gravateira), a memória camiliana, onde avulta a Casa de Camilo, as Igrejas românicas, capelas e cruzeiros, (por exemplo, o cruzeiro em granito em Arnoso Stª Maria do séc. XVI), são riquezas inestimáveis que dando dimensão histórica à nossa condição humana, devolvem-nos um sentimento colectivo, imperecível, de famalicenses e cida­dãos do mundo.

Figuras Públicas

Barão da Trovisqueira (José F. da Cruz Trovisqueira (1824 -1898))

– Industrial e Deputado. Foi o mais proeminente político local da sua época. Foi Administrador do Concelho, em várias ocasiões e Presidente de Câmara em vários mandatos.
Foi dele a proposta apresentada ao Governo para se construir o caminho-de-ferro, entre Porto, A Foz do Douro e Matosinhos. Foi também sua, a primeira de fiação de lã existente em Vila Nova de Famalicão.
Depois do fausto que lhe permitiu receber os Reis no seu palacete da Rua Formosa, morreu quase na miséria a 1 de Novembro de 1898.


D. Manuel Gonçalves Cerejeira

- Nasceu na Freguesia de Lousado, a 29 de Novembro de 1888. Formou-se em Teologia e Letras, tendo também frequentado Direito. Ordenou-se presbítero em 1911 e doutorou-se em letras em 1918, sendo nomeado professor ordinário na Faculdade de Coimbra em 1919. Foi sagrado Arcebispo de Mitilene em 1928 e elevado á categoria de Cardeal Patriarca de Lisboa em 19 de Novembro de 1929. Foi autor de várias obras literárias e sócio da Academia Real da História de Madrid.


Eduardo José da Silva Carvalho (1857 - 1931)

– Poeta, teve uma carreira notável como jurista. Reformou-se como Juiz Conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça.


Manuel Pinto de Sousa (1860 – 1934)

– Jornalista consagrado, Fundador e Director do jornal “Estrela do Minho” em 1895 e Vereador na Câmara Municipal, aquando da Presidência de Sousa Fernandes.


Senador Sousa Fernandes (Joaquim José de Sousa F. (1849 – 1928))

– Politico, escritor e jornalista. Foi Presidente da Câmara entre 1910 e 1913, deputado á Assembleia Constituinte e Senador da República. Foi director dos jornais “Nova Acrópole” e “O Provir”. Alem de outras obras literárias, publicou as “Telas de Viagem” e os “Pequenos Estudos”.


Comendador Cupertino de Miranda.

- Artur Cupertino Miranda (1892 – 1988), banqueiro, jornalista, fundador do Banco Português do Atlântico e criador da Fundação que tem o seu nome.


António da Costa Araújo (1837 -1917)

-foi Presidente da Câmara no triénio 1882-1885 e em 1886, depois de ter sido Vereador nos mandatos de 1866-1867 e 1878 e 1881. Era proprietário da Quinta da Torre, no lugar de Barradas e daí a designação porque também era conhecido “Morgado da Torre”.


Benjamim Salgado, homem de “sete ofícios”

-este pároco, este autarca, este professor, este jornalista, este historiador, este musicólogo, este orador… Em tudo foi grande. Do tamanho da sua e da sua alma.


Francisco de Couto e Azevedo

– Da Casa de Val Melhorado; Cavaleiro professo da Ordem de S. Tiago; durante doze anos faz as campanhas da Índia, tendo entrado na Conquista de Candia, Ormuz e Ceilão.


Júlio Brandão

– Poeta, romancista, arqueólogo, critico e polemista consagrado. Frequentou o Liceu do Porto, onde começou a marcar um lugar de destaque nas letras, como publicista e poeta de fina sensibilidade. Como jornalista, a sua colaboração dispersa por muitos jornais e revistas nacionais e estrangeiras, tornou-se efectiva, com destaque no “Primeiro de Janeiro”. Em todos os géneros a sua obra e brilhante e por isso é considerado um dos maiores artistas da linguagem escrita no século XX português.


Francisco Inácio Tinoco de Sousa

– Grande benemérito. Primeiro Provedor da Santa Casa da Misericórdia e principal promotor da construção do Hospital no Largo da Lapa. Foi presidente da Câmara Municipal entre 1876 e 1877.


Nuno Simões

– Nasceu a 30 de Janeiro de 1894. Formado em Direito pela Universidade de Coimbra. Foi Governador Civil de Vila Real com apenas 21 anos (1916) e depois Secretário-geral do Supremo Tribunal Administrativo. Ministro do Comércio em 1921 e em 1926.Jornalista, economista e colunista distinto.


Álvaro Marques (1893 – 1957)

– Presidiu a Câmara Municipal de Famalicão, onde desenvolveu uma acção notável, constituindo juntamente com Júlio Araújo, o díptico dos grandes Presidentes de Câmara deste século. A ele se deve, a construção do actual edifício dos Paços do Concelho.


José de Azevedo Menezes Cardoso Barreto

– Nasceu a 22 de Outubro de 1849. Por sucessão, foi senhor da Nobre Casa do Vinhal. Foi Segundo Provedor do Hospital de S. João de Deus, em 1880 e 1881. Presidente da Câmara no triénio de 1896 a 1898, chegando a apresentar nesse mandato um plano de urbanização. Foi escritor de merecimento, uma autêntica autoridade em investigações e assuntos históricos, chagando a ser considerado um dos primeiros genealogistas portugueses. Deixou também uma vasta colaboração em jornais regionais e nacionais e em revistas.


Barão de Joane

– Pai de Benardino Machado, António Luís Machado Guimarães, recebeu o título de 1º Barão de Joane devido aos seus actos de benemérito e à imensa fortuna que angariou no Brasil onde esteve emigrado. Foi Vice-Presidente da Câmara em 1872 e 1873.


Benardino Machado

– Politico e Pedagogo. Iniciou o seu percurso Regenerador. Sendo Ministro das Obras Publicas em 1893. Aderiu ao Partido Republicano em 1903.Durante a primeira Republica foi Ministro dos Negócios Estrangeiros do Governo Provisório (1910-1911), Embaixador no Brasil (1912-1914), Presidente do Ministério (1914-1921) e Presidente da Republica em (1915-1917) e (1925-1926).


D. Balbina do Patrocínio Costa Correia

– Grande Benemérita do Concelho; foi uma das fundadoras do Hospital de S. João de Deus.


Francisco de Barros e Azevedo

– Fidalgo, descendente da Casa Val Melhorado; foi cavaleiro professo da Ordem de S. Tiago e tomou parte activa na guerra da restauração. Era sua, a esplêndida Quinta do Vinhal.


Alberto Sampaio (1841-1908)

– Historiador. As suas obras, principalmente “As Vilas do Norte de Portugal”, foram trabalhos pioneiros para a época e que permanecem como marcos importantes da historiografia portuguesa contemporânea.


Camilo Castelo Branco

– Nasceu a 16 de Março de 1825 em Lisboa. Era filho ilegítimo de Manuel Botelho Castelo Branco e de Jacinta Rosa do Espírito Santo. Após a morte de sua mãe quando tinha dois anos, e a do seu pai aos dez anos, teve de abandonar a casa paterna ficando aos cuidados de sua tia Rita Emília da Veiga Castelo Branco, em Vila Real.

Cedo mostrou a sua iconstancia e rebeldia, quer nos estudos, quer na sua vida privada. Mas ao mesmo tempo mostrava a sua veia literária fora do comum, tornando-se por isso um dos mais célebres escritores do séculoX1X.Foi romancista, polemista, dramaturgo, poeta, biografo, bibliografo, critico, cronista, investigador histórico, jornalista, tradutor, revedor, e anotador de trabalhos alheios, organizador de edições, escreveu sermões e também se evidenciou como orador. Mas acima de foi novelista e satírico, no que ocupa brilhantemente lugar entre os primeiros da Península.

Morreu em 1 Junho de 1890, frustrado com o sofrimento, o martírio e desilusão, a doença, a cegueira irrecuperável, a loucura do filho, as dificuldades financeiras e acima de tudo pela impossibilidade de continuar vivendo.


Ana Augusta Plácido

– Nasceu em 29/9/1831, na Praça Nova como então era dominada a actual Praça de Pedro 1V da Capital Portuense. Era uma mulher inteligente e ilustrada, fora do comum para as mulheres do seu tempo. O convívio de tantos anos com Camilo Castelo Branco, com quem foi casada, cultivou-lhe o espírito para as letras. Escrevia prosa com elegância desembaraço e era poetisa de merecimento. Morreu em S. Miguel de Ceide em 20/9/1895, com 64 anos de idade.


Uma palavra final para os personagens locais, ilustres e ilustrados sem duvida, mas cuja mera citação, não só careceria de critérios uniformes que não se mostraram fáceis de encontrar em termos de conciliação de pontos de vista diversos, como facilmente conduziram a injustas ausências ou a demasiados personalismos. É que, numa perspectiva correcta, a terra foi palco e o povo o verdadeiro personagem de toda a História de Famalicão. Assim mesmo, aqui se registam alguns dos nossos, que sendo Famalicenses foram também homens de estatura moral e intelectual reconhecidos muito alem das fronteiras do Concelho. Aqui ficam os seus nomes, sem qualquer pretenção em ordenar-lhes o mérito. Para que, em memoria, os que ainda somos, sejamos pensando e actuando.